15 Nov Teste Honda CB300R – Adrenalina desportiva
A nova CB300R veio responder às preferências desportivas dos novos condutores portadores de carta A2. Uma “naked” que inspira confiança e promete muita adrenalina.
Quando a vi a Honda CB300R pela primeira vez não esperava algo assim. A sua imagem transpira as linhas desportivas clássicas que a Honda está a introduzir no seu estilo “Neo Sports Cafe”.
De uma forma despida, esta “naked”, que veio substituir no mercado de 2019 a veterana CB300F, foi pensada para uma condução prática, económica e segura.
Com um motor de 286cc de refrigeração por líquido e uma caixa de seis velocidades, esta é uma das muitas opções disponíveis no mercado para os jovens condutores portadores de carta A2, e não só!
Uma característica pouco esperada mas positiva na CB300R é o peso equilibrado de 143Kg, que nada deixa a desejar.
O painel de instrumentos bem concebido, que permite uma boa visualização das informações de condução durante a noite e também durante o dia, é bastante completo. Algo que notei útil neste painel de instrumentos, é o sinalizador de optimização de binário, ou seja, uma luz branca presente na parte superior do painel, que pisca em intervalos regulares para informar o momento oportuno para trocar de mudança e assim reduzir o consumo de combustível.
As palavras Let’s Ride, apresentadas no painel, quando é ligada a ignição, dão um ar de desafio, e a Honda consegue surpreender pela resposta rápida ao acelerador e uma caixa de velocidades leve e bastante bem escalonada.
Na CB300R contamos ainda com outros elementos importantes e diferenciadores que mostram a atualidade deste modelo, como o farol de LED, extra-fino, que emite uma luz branca intensa, as jantes de liga leve, o braço oscilante de espessura variável e ainda uma forquilha Showa de ultima geração.
A ciclística convence ainda em diversos aspectos: o baixo centro de gravidade é o resultado de um trabalho de mérito que centraliza as massas e as reparte pela moto numa proporção de 49,6% na roda dianteira e 50,4% na roda traseira o que proporciona uma sensação de elevada estabilidade e de fácil condução.
A travagem, composta por um disco flutuante na frente de 296mm e um disco traseiro de 220mm confere segurança, sendo assistida por um ABS cujo modulador está ligado a uma unidade de medição de inércia (IMU – Inertial Measurement Unit) de duas vias, ou seja, a actuar em ambos os eixos. A IMU faz 100 leituras por segundo, e calcula a travagem simultânea de ambas as rodas, de forma a impedir que a traseira descole do solo, maximizando a travagem e a própria estabilidade da moto.
Por isso responde aos parâmetros necessários para uma condução urbana segura.
Os pneus têm medidas 110/70R17 e 150/60R17 respetivamente na frente e atrás que conferem um aspeto robusto a CB300R.
Já a sua ergonomia, proporciona uma condução confortável, com o guiador colocado numa posição que não causa cansaço nos braços, sendo também fácil de manobrar.
A posição dos poisa-pés, dá um ar desportivo à condução, mas permite ao motociclista manter uma posição erecta das costas. No entanto há que referir o desconforto do assento, que embora pareça ter as medidas certas, é rijo e torna-se bastante desconfortável passados alguns quilómetros. No entanto, o facto de ser estreito proporciona que apesar de uma altura de 799mm se torne fácil chegar com os pés ao chão.
O som emitido pelo escape, desenhado e posicionado especificamente para potenciar a experiência de condução, assim como o trabalhar do ralenti, parece provir de uma moto com uma cilindrada maior e potencia uma elevada sensação de velocidade.
A autonomia surpreende pois o deposito de 10 litros, aliado a um consumo médio de 3,5l/100km, dá para aproximadamente 300Km.
Os comandos dos punhos são de fácil acesso e os espelhos, que normalmente são o pecado das motos de estilo “naked” mostram um design que se enquadra na perfeição na estrutura da CB300R, proporcionando simultaneamente uma boa visibilidade da retaguarda.
Por tudo isto, a CB300R é uma das muitas boas escolhas do mercado das motos, garantindo a segurança essencial a uma condução diária, num ambiente urbano.
Caso não possa ainda conduzir uma moto com tanta cilindrada, ou queira começar por uma moto mais leve e com menos potência, leia o nosso Teste Honda CB125R – Mais do que uma 125cc.
A CB300R já está disponível nos concessionários Honda, em quatro cores: Vermelho (Candy Chromosphere Red), Prata (Mat Cryption Silver Metallic), Preto e Cinza (Matt Axis Grey Metallic), por um preço de 5.100€ (iva incluído)